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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dinamarca

Na Dinamarca, faço toda a costa oeste, 5 estrelas!!!  Faço a route número 1 para caminhantes e bicicletas, umas vezes com alcatrão outras vezes fora de estrada…
Chego à Dinamarca ao final da tarde, e fico numa casa de palha que se encontra num pequeno jardim ao lado de um canal. É uma casa de palha e madeira tipicamente dinamarquesa, linda.
Parece um contra-senso, mas na Dinamarca vejo os primeiros acidentes na estrada, três para ser mais preciso..
Uma mulher que circulava de bicicleta foi atropelada por um automóvel, que só parou 80 metros depois na valeta no sentido contrário. Foi evacuada de helicóptero que aterrou na estrada. Os acidentes podem ocorrer, mesmo na Dinamarca.
Estamos todos parados na estrada por causa de um acidente, e chega um ciclista francês. Sylvean partiu de França e faz comigo toda a Dinamarca.
Percorremos toda a  costa oeste dinamarquesa. Circulamos por caminhos fora de estrada ao lado das dunas, passamos por pequenos povoamentos situados próximos do mar. Passamos por alguns locais inóspitos, muito secos. Sim, agora faz muito calor, há várias semanas que não chove, a vegetação está seca.
Quando percorremos estes povoamentos ao longo da costa, percebo que não ouço as pessoas, elas parecem não falar muito, e quando falam fazem-no baixinho. É literalmente assim, como descrevo. Se em Espanha e França todos me cumprimentavam calorosamente, aqui eu cumprimento as pessoas e muitas olham apenas para mim e não me cumprimentam à minha passagem, ou se cumprimentam, fazem-no com um simples gesto, salvo algumas excepções. Mais tarde acabei por encontrar alguns curiosos que vieram ter comigo para conversar, pessoas geralmente muito viajadas.
Visito Romo, uma península situada a sul, unicamente ligada por estrada. A praia tem três kms de areia até à água, parece um deserto. Existem carros e caravanas que circulam nesta área e e vejo bastantes pequenos carros com vela para divertimento. É um local bastante procurado por alemães principalmente.
Syvean, normalmente acampa em parques de campismo, e algumas vezes na floresta, nunca ficou em casa de alguém, mas agora está comigo, e eu atraio pessoas que me convidam… e neste primeiro dia que circulávamos juntos na Dinamarca, fomos convidados a tomar um banho quente e ficámos no jardim de um casal. Nos dias seguintes ficámos em Shelters. Como na Dinamarca não se pode acampar em qualquer local (eu fi-lo em todos os países, mesmo na Dinamarca), existem os Shelters para poder pernoitar. Podem ser Bunkers construídos pelos alemães durante a guerra, ou podem ser casas de madeira no meio da floresta. Na floresta podemos encontrar estes Shelters numa área que está organizada para o efeito, pois podem ou não ter torneira com água, casa de banho, mesas e bancos. Num deles havia um atrelado antigo e no seu interior uma mesa e bancos compridos e uma salamandra. Têm também área para fazer fogueira e lenha cortada para utilizar em alguns deles. Poder ficar nestes Shelters na floresta foi sem dúvida um dos momentos altos da viagem, são locais muito fixes.
Nestes países do norte podemos apanhar calor, chuva e frio, é imprevisível, e claro também apanhei chuva e frio.
Já no norte da Dinamarca encontramos um dinamarquês bastante viajado que refere que a costa oeste da Noruega é um dos locais mais bonitos do mundo, elegida pela National Geographic e pela Unesco. Inicialmente estava previsto passar pela Suécia, mas devido a esta importante opinião dirijo-me para a Noruega e separo-me de Sylvean.
Apanho o barco em Hirtsalds no norte da Dinamarca para Larvik na Noruega (13-05-2011).
Neste momento estou com 4593 Kms, e espera-me muita montanha na Noruega. 

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