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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Alemanha

Resolvo dirigir-me para a Alemanha, e percorro a zona a oeste. Vejo poços de petróleo que parecem funcionar sem trabalhadores, muitas ventoinhas, casas repletas de painéis solares. Sim, a Alemanha tem uma enorme tecnologia no que respeita à exploração de energia, nomeadamente de energia limpa. Vejo os pavilhões muito compridos das quintas com o telhado completamente coberto de painéis solares.
É como nos filmes… as casas, as quintas, o ambiente que se vive. Parece um pouco austero, alemão claro, mas bonito.
Numa pequena cidade, peço água a um rapaz e a um homem que estavam juntos, e pergunto por uma floresta ou local sossegado para acampar, o rapaz leva-me até ao canal, depois o aro da frente, o mesmo que veio com a bicicleta, encomendou a a lama ao criador… 11 anos a travar e gastou-se, abriu uma fissura e cedeu. Daí a razão de um dos calços estar constantemente a desafinar, e depois travar aos soluços. O homem que estava com o rapaz é mecânico de bicicletas e ofereceu-me um aro usado, mas em bom estado.
Quero comprar leite numa quinta, trazem-me um prato de sopa e depois oferecem-me 3.5L leite.  
Atravesso três rios em Ferry Boats…acampo nas florestas e em quintas.
Esta zona é tipicamente mais rural, como eu gosto. Num dos dias, pergunto ao dono de uma pequena quinta para montar a tenda, diz-me que sim e depois convida-me para conversar no celeiro com os amigos. É um momento entusiasmante, um celeiro com palha, ovelhas com filhotes, patos e patinhos bem pequeninos, pássaros a voarem dentro do celeiro, e os alemães caçaram dois veados. A mulher que lá se encontra sabe das dificuldades que Portugal atravessa e pergunta-me a todo o momento sobre os impostos que os portugueses pagam.  Lá fora está muito frio! Estou no norte da Alemanha perto de Husum, quase na Dinamarca.
Como vou para a Dinamarca, compro muita, muita comida no Aldi, na Alemanha é mais barato comprar comida que na Dinamarca. Não a organizo bem nos alforges, alguma vai colocada na mochila e num saco de plástico, em cima. Tenho um centro de gravidade elevado e por isso a bicicleta não está estável, despisto-me algumas vezes, estou aterradoramente pesado. No dia seguinte coloco as coisas mais pesadas em baixo nos alforges, e máquina parece outra, mesmo pesada, tem um comportamento muito melhor.

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