Olá
Estou em Edland na Noruega e o frio tem apertado como nunca.
O objectivo Cabo Norte não é possível para já. Mais histórias na página Noruega
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Noruega
Entro na Noruega a pensar que poderei ir até ao norte, fazendo de Larvik (onde cheguei) para sul, e depois fazendo a costa ocidental. Mas este, não é um país como os outros que encontrei, em variados aspectos…
Também aqui na Noruega tentei fazer o caminho 1 (para ciclismo e pedestre), mas perdia-me facilmente, pois esta sinalética é muito espaçada aqui na Noruega. Outro aspecto é que a sinalética me mandava fazer fora de estrada em montanha, o que se torna muito penoso para quem vai tão pesado, e quer de alguma forma ser mais rápido na progressão.
Depois tenho a sinalética própria do país, que me indica (sinal azul com uma bicicleta, e indicando a cidade para a qual me dirijo) um caminho alternativo à estrada principal, sem inicialmente saber o porquê (tive que aprender…), e não existindo inicialmente (só depois) sinalética a proibir os velocípedes. E entre seguir uma e outra sinalética, perdi-me várias vezes no dia a seguir à minha chegada, onde tive muita chuva, subidas…foi um dia mentalmente desgastante e em que só fiz 18 kms.
Então, nos dias a seguir sigo pelas estradas principais (nacionais e regionais), ao longo da costa (de Larvik para sul), fazendo mais de 100kms por dia durante vários dias(134kms num dos dias). Num dos dias, ignoro a sinalética que diz que os velocípedes deverão ir por outro caminho abandonando a estrada principal. Ignoro, até porque não existe o sinal de proibição. Subida pela montanha, passo por uma portagem sem portageiro e com câmaras de vigilância, e é então que vejo o sinal de proibição para velocípedes. Mas já tinha subido demasiado e não quis voltar para trás, e começo a passar por muitos túneis que furam a montanha, um deles com 3200m e que parece não ter fim. Circulo atrapalhadamente e vagarosamente por um passeio extremamente pouco largo (e daí a dificuldade em circular nele), para evitar ser abalroado pelas viaturas que circulam a alta velocidade, um barulho ensurdecedor… saio de um túnel, sinto-me aliviado, mas um vento forte… encontro-me agora numa ponte muito alta e que liga as 2 montanhas. Um episódio a não repetir.
Este objectivo de chegar ao norte da Noruega, estava-me a retirar o gozo continuo pela viagem, estava a fazer muitos kms por dia e em condições com bastante desgaste como o declive, a chuva e o frio (altamente depressivos), as frieiras nas mãos e nos pés e a ausência do calor humano, não podia comprar muito leite ou chocolate no supermercado porque é muito caro(3 ou 4x mais caro)… passei a não gostar da Noruega, passei a detestá-la na verdade.
Num dos dias de manhã, saí da tenda a chover, e arrumei a tenda que ficou também molhada por dentro. Fiquei furioso e comecei a falar alto contra o tempo: “chove, chove mais, chove, chove a sério, mais mais mais…” e comecei-me a rir de tudo aquilo, e passei de fúria a diversão! Mas esta era apenas uma emoção momentânea.
Tive que abandonar a ideia de ir até ao norte da Noruega, disse para mim que não estava certo detestar este país por causa do clima e da minha ideia de querer ir tão a norte, que estava a ser injusto, e passei a querer encontrar algum amor por este país. Até porque os noruegueses estavam a ser muito bons para mim: ofereceram-me os jardins das suas casas para acampar, coberturas evitando montar a tenda, jantar, pequeno almoço, lanche, meias de lã muito quentes, usar a sua internet…
A zona costeira, os rios, as montanhas, os Fjordes…tudo isto é lindo, e o clima é uma característica intrínseca à localização do país no globo, tive que aprender que era assim.
Após circular pela costa ocidental até à cidade de Sandnes, resolvo dirigir-me para o interior em direcção à Suécia. Visito Preikestolen, uma conhecida falésia com 604m, onde acampo junto à estrada e com sinal de proibição de acampar, existe parque de campismo e hostel. Faço-o mais um casal francês, que se encontra de carro e em Lua de Mel.
Esta rota que faço agora é também maravilhosa, vou em direcção a Rodal. Pergunto a várias pessoas sobre os túneis que se encontram assinalados no mapa, um deles muito grande. A maioria diz-me que existem túneis que os velocípedes podem passar mas que alguns poderão não ser iluminados , o que será necessário o uso do meu frontal. Quanto aos outros túneis, os maiores, existe estrada contornando a montanha e que em principio já não haverá neve.
Até agora tudo se estava a confirmar, era como me tinham dito…alguns túneis sem luz, contorno montanha no caso de túneis mais compridos. Continuo a subir, chove… e quando chego a um túnel com 5650m diz-me que os velocípedes têm que contornar a montanha pela estrada antiga, mas a estrada está coberta de neve, e é impossível circular.
Começa a ficar frio, muito frio, o tempo começa a piorar, devo estar próximo dos 1000m e resolvo montar a tenda em frente de uma casa na montanha, até porque bati às portas das casas e ninguém atendeu, experimentei abrir as portas mas estavam fechadas. Uma das casas tem um alpendre e zona cimentada em frente da porta, o que me parece fantástico inicialmente. Tenho as mãos geladas, chove granizo e cai alguma neve, monto a tenda com dificuldade mas com a determinação necessária à minha sobrevivência.
Já dento da tenda, o saco de cama aquece-me, agora estou melhor penso… o vento começa a soprar forte e a querer levar a tenda que não estava presa ao chão, o vento é tão forte que algumas vezes pensei que me ia levar a mim e à tenda. De braços abertos, tentando fixar ao chão os cantos da tenda do lado em que sopra o vento, observo a tenda a ser sacudida com violência. Os sacos de viajem encontram-se no exterior debaixo do avançado outros fora, mas são pesados, não voam. O meu casaco colocado em cima dos sacos de viajem que se encontram debaixo do avançado como normalmente faço, desaparece… Decido ir à procura dele, colocando alguns sacos de viagem no interior da tenda para ela não ir com o vento. Levo comigo o meu frontal (luz colocada na testa), o telemóvel e um papel com um número de telefone de um bombeiro que conheci (tendo imaginado ficar sem as minhas coisas, o telemóvel seria a minha última salvação). Encontro o casaco, na estrada em baixo.
Já tinha pensado em ligar ao meu amigo bombeiro que conheci, ou à emergência, mas pensei em testar as minhas capacidades de sobrevivência e “esticar a corda” até onde pudesse.
Penso que a tenda não é um lugar seguro, o vento é fortíssimo, e vou procurar alguma casa de gado, alguma arrecadação. Tento abrir uma pequena casa, a porta abre-se…estou salvo. Agradeço a Deus esta dádiva, tinha-lhe pedido que parasse a chuva e o vento, e parou para mim, porque estou abrigado.
A casa tem pouco mais de 20 metros quadrados, parece estar meio abandonada, está vazia, apenas com uma mesa, uma cadeira. A noite foi terrível, com muito vento e neve, o dia a seguir a mesma coisa…
Passo 2 dias nesta casa à espera que o tempo melhore, penso atravessar o túnel (com 5650m) durante a noite(embora esta opção me desagrade pela experiência anterior) quando houver menos trânsito, ou então vou pedir boleia a uma caravana.
Mas, a 400m vejo 2 homens a reparar um telhado de um centro de viaturas de limpa neves, vou ter com eles para lhes perguntar sobre a previsão dos próximos dias. Não ia melhorar… dão-me boleia no seu furgão para passar o túnel e poderei acampar no seu jardim.
Enquanto vamos no caminho, reparo que a neve diminui progressivamente até deixar de existir, e confirmamos todos que aquele lugar onde estava, era mesmo o pior. Percorremos 30kms.
2 romenos a trabalhar à 4 anos na Noruega, super abertos e simpáticos, oferecem-me o jantar em sua casa com a família de um deles. 2 crianças pequenas, uma mulher simpática, um jantar parecido com o de Portugal, gelado na sobremesa. Depois vem um norueguês e continuamos numa conversa animada.
Fico a dormir numa pequena casa de madeira, pronta a alugar no verão aos viajantes.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Dinamarca
Na Dinamarca, faço toda a costa oeste, 5 estrelas!!! Faço a route número 1 para caminhantes e bicicletas, umas vezes com alcatrão outras vezes fora de estrada…
Chego à Dinamarca ao final da tarde, e fico numa casa de palha que se encontra num pequeno jardim ao lado de um canal. É uma casa de palha e madeira tipicamente dinamarquesa, linda.
Parece um contra-senso, mas na Dinamarca vejo os primeiros acidentes na estrada, três para ser mais preciso..
Uma mulher que circulava de bicicleta foi atropelada por um automóvel, que só parou 80 metros depois na valeta no sentido contrário. Foi evacuada de helicóptero que aterrou na estrada. Os acidentes podem ocorrer, mesmo na Dinamarca.
Estamos todos parados na estrada por causa de um acidente, e chega um ciclista francês. Sylvean partiu de França e faz comigo toda a Dinamarca.
Percorremos toda a costa oeste dinamarquesa. Circulamos por caminhos fora de estrada ao lado das dunas, passamos por pequenos povoamentos situados próximos do mar. Passamos por alguns locais inóspitos, muito secos. Sim, agora faz muito calor, há várias semanas que não chove, a vegetação está seca.
Quando percorremos estes povoamentos ao longo da costa, percebo que não ouço as pessoas, elas parecem não falar muito, e quando falam fazem-no baixinho. É literalmente assim, como descrevo. Se em Espanha e França todos me cumprimentavam calorosamente, aqui eu cumprimento as pessoas e muitas olham apenas para mim e não me cumprimentam à minha passagem, ou se cumprimentam, fazem-no com um simples gesto, salvo algumas excepções. Mais tarde acabei por encontrar alguns curiosos que vieram ter comigo para conversar, pessoas geralmente muito viajadas.
Visito Romo, uma península situada a sul, unicamente ligada por estrada. A praia tem três kms de areia até à água, parece um deserto. Existem carros e caravanas que circulam nesta área e e vejo bastantes pequenos carros com vela para divertimento. É um local bastante procurado por alemães principalmente.
Syvean, normalmente acampa em parques de campismo, e algumas vezes na floresta, nunca ficou em casa de alguém, mas agora está comigo, e eu atraio pessoas que me convidam… e neste primeiro dia que circulávamos juntos na Dinamarca, fomos convidados a tomar um banho quente e ficámos no jardim de um casal. Nos dias seguintes ficámos em Shelters. Como na Dinamarca não se pode acampar em qualquer local (eu fi-lo em todos os países, mesmo na Dinamarca), existem os Shelters para poder pernoitar. Podem ser Bunkers construídos pelos alemães durante a guerra, ou podem ser casas de madeira no meio da floresta. Na floresta podemos encontrar estes Shelters numa área que está organizada para o efeito, pois podem ou não ter torneira com água, casa de banho, mesas e bancos. Num deles havia um atrelado antigo e no seu interior uma mesa e bancos compridos e uma salamandra. Têm também área para fazer fogueira e lenha cortada para utilizar em alguns deles. Poder ficar nestes Shelters na floresta foi sem dúvida um dos momentos altos da viagem, são locais muito fixes.
Nestes países do norte podemos apanhar calor, chuva e frio, é imprevisível, e claro também apanhei chuva e frio.
Já no norte da Dinamarca encontramos um dinamarquês bastante viajado que refere que a costa oeste da Noruega é um dos locais mais bonitos do mundo, elegida pela National Geographic e pela Unesco. Inicialmente estava previsto passar pela Suécia, mas devido a esta importante opinião dirijo-me para a Noruega e separo-me de Sylvean.
Neste momento estou com 4593 Kms, e espera-me muita montanha na Noruega.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Estou com 4593 Kms e apanho o barco em Hirtshals no norte da Dinamarca para Larvik na Noruega
Shelter na Dinamarca (abrigos para dormir) |
A viajem tem corrido bem, mas aqui no norte o tempo é mt instável, calor, chuva, frio etc. Percorri a parte oeste da Alemanha, toda a costa Oeste da Dinamarca e agora encontro-me perto de Larvik na Noruega. Vou para sul e depois para o famoso cabo, no norte, penso que é o Northcap, qualquer coisa assim. Muita montanha me espera...
Um grande abraço
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Alemanha
Resolvo dirigir-me para a Alemanha, e percorro a zona a oeste. Vejo poços de petróleo que parecem funcionar sem trabalhadores, muitas ventoinhas, casas repletas de painéis solares. Sim, a Alemanha tem uma enorme tecnologia no que respeita à exploração de energia, nomeadamente de energia limpa. Vejo os pavilhões muito compridos das quintas com o telhado completamente coberto de painéis solares.
É como nos filmes… as casas, as quintas, o ambiente que se vive. Parece um pouco austero, alemão claro, mas bonito.
Numa pequena cidade, peço água a um rapaz e a um homem que estavam juntos, e pergunto por uma floresta ou local sossegado para acampar, o rapaz leva-me até ao canal, depois o aro da frente, o mesmo que veio com a bicicleta, encomendou a a lama ao criador… 11 anos a travar e gastou-se, abriu uma fissura e cedeu. Daí a razão de um dos calços estar constantemente a desafinar, e depois travar aos soluços. O homem que estava com o rapaz é mecânico de bicicletas e ofereceu-me um aro usado, mas em bom estado.
Quero comprar leite numa quinta, trazem-me um prato de sopa e depois oferecem-me 3.5L leite.
Atravesso três rios em Ferry Boats…acampo nas florestas e em quintas.
Esta zona é tipicamente mais rural, como eu gosto. Num dos dias, pergunto ao dono de uma pequena quinta para montar a tenda, diz-me que sim e depois convida-me para conversar no celeiro com os amigos. É um momento entusiasmante, um celeiro com palha, ovelhas com filhotes, patos e patinhos bem pequeninos, pássaros a voarem dentro do celeiro, e os alemães caçaram dois veados. A mulher que lá se encontra sabe das dificuldades que Portugal atravessa e pergunta-me a todo o momento sobre os impostos que os portugueses pagam. Lá fora está muito frio! Estou no norte da Alemanha perto de Husum, quase na Dinamarca.
Como vou para a Dinamarca, compro muita, muita comida no Aldi, na Alemanha é mais barato comprar comida que na Dinamarca. Não a organizo bem nos alforges, alguma vai colocada na mochila e num saco de plástico, em cima. Tenho um centro de gravidade elevado e por isso a bicicleta não está estável, despisto-me algumas vezes, estou aterradoramente pesado. No dia seguinte coloco as coisas mais pesadas em baixo nos alforges, e máquina parece outra, mesmo pesada, tem um comportamento muito melhor.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Holanda
Entro na Holanda por um caminho no meio da floresta, depois chego à estrada e o caminho desvia-se um pouco, e resolvo ir pela estrada. Passa um camião e apita, penso que me cumprimentou, depois passa outro carro e volta a apitar com toda a intensidade… percebo imediatamente que não devia andar ali. Na Holanda as bicicletas têm caminhos específicos, e não podem andar na estrada, salvo raras excepções no interior de pequenas vilas. Existem estradas para bicicletas que ligam todas as povoações, existe sinalização especifica indicando a prioridade das bicicletas, direcções, as passagens de nível têm 3 cancelas (uma para os carros e mais duas para cada ciclovia em cada lado da estrada, semáforos para ciclistas. Penso que quase todos se deslocam de bicicleta, mesmo com roupa a rigor.
As cidades são arrumadas, limpas, têm um aspecto dinâmico e criativo… mas para sair das cidades é mais complicado para mim, pois a sinalização indica na generalidade a povoação seguinte mais próxima e não tenho mapa tão detalhado. Andar nas ciclovias e passeios que são feitos para peões e bicicletas. Também não é tão rápido como andar na estrada e o piso também não têm a qualidade de uma estrada, já para não falar que tenho que cruzar a estrada algumas vezes para o outro lado.
No primeiro dia na Holanda, chego a Hertogenbosch, e sou convidado para dormir em sua casa, ele também gosta de viajar de bicicleta. Sou recebido pela sua família, numa moradia nos arredores da cidade, uma zona calma. 3 ou 4 filhos não sei precisar de momento, já lá vai algum tempo… um deles é Dj e está a colocar música, prepara-se para a festa que vai participar. Oferecem-me o jantar e de seguida ausentam-se todos de casa e eu fico a cortar o cabelo, fazer barba, tomar banho, máxima confiança… a filha de 16 anos pede a mãe para me comprar um biscoitos, deliciosos… e fiquei comovido pela lembrança.
Parto de novo, e está um vento fortíssimo, vou por um caminho que passa por cima de um dique, maravilhoso, vejo as quintas, os barcos no canal. O canal é relativamente estreito e vejo 3 barcos a passarem lado a lado, um ultrapassa o outro e passa outro barco em sentido contrário. Pergunto-me como é que barcos tão grandes conseguem faze-lo num canal estreito.
Bom, estou a chegar ao final do dia e só encontro quintas com vedações, casas com vedações… não vejo floresta para acampar, começo a ficar farto do mesmo padrão. Olho para o mapa e vejo uma estrada com interesse (acompanhada de traço verde). Paro num semáforo e pergunto a um ciclista sobre esta estrada, ele diz-me que poderei ir por uma que passa pelo interior de uma floresta, e diz-me que ainda hoje regressará por ela mas primeiro tem que ir trabalhar, diz-me que é padre. Vou perguntando a algumas pessoas, e como é óbvio, nem todas sabem, acabo por encontrar uma que indica correctamente o caminho. Sinto-me aliviado, parecia que toda a área da Holanda era completamente preenchida por pessoas.
É uma floresta grande, tem caminhos lindos, apenas para pessoas, cavalos, ou bicicletas. Encontro também dunas de areia, maravilhoso… centenas de pessoas passeiam-se por entre estes caminhos correctamente sinalizados, algumas quintas, algumas com café e esplanada.
No dia seguinte voltei a entrar em outra floresta… falo com um ciclista nas proximidades, e ele diz-me que nesta floresta existem ao que eles chamam na Holanda “pequenas montanhas”. As montanhas não existem, apenas muito pequenos desníveis, mas a Holanda é bastante plana e daí este apelido para os pequenos desníveis.
domingo, 1 de maio de 2011
Com 3200 km de viagem, o Nelson atravessa a Holanda
A abertura do blog, mais de 1 mês após o início da volta à Europa, deve-se à dificuldade do nosso companheiro ter acesso à internet e, principalmente, porque não tem muito tempo para as actividades informáticas.
Sempre que lhe for possível irá enviando as novidades que serão aqui publicadas directa ou indirectamente.
Abraço companheiro
Bélgica
Entrei na Bélgica, e já estou de saída, é um país pequeno… mas entretanto vou à biblioteca para ir à internet, e quando ia buscar o meu pc, sou convidado por um casal (ela Belga, ele marroquino a viver desde os 2 anos na Bélgica) para ir a casa deles, outra pequena mansão com um belo jardim e animais. A contrastar com a tenda, mais rústico e “hard”. Hoje (27-04-2011) vou jantar aqui e também dormir. São pessoas fantásticas, abertas e tenho aprendido imenso sobre a Bélgica e Marrocos.
Ontem também aqui na Bélgica, encontrei um casal Belga que estão a viajar de bicicleta na Bélgica, e emprestaram-me um mapa com caminhos verdes para bicicletas e pessoas. São caminhos mais rurais mas que passam também pelas grandes cidades. O belga tem uma Surly que pode transportar muito peso, a bicicleta é mais comprida e muito resistente, pode transportar no total 180kg de peso, tem um segundo guiador(que não gira) e uma base no suporte traseiro para uma segunda pessoa poder ir sentada.
Mais uma vez, comprei 2L leite numa quinta por 1€, bebi-o todo no lanche.
As ruas aqui na Bélgica estão repletas de bicicletas, e até os prédios têm no seu interior quando se entra, suportes para bicicletas. É muito giro ver tantas bicicletas, e ver os jovens ir de bicicleta para a escola, penso na quantidade de anos que eu ia para a escola de autocarro, e era tão perto.
Quanto ao país em geral, gostei mais de Espanha e França. Fiquei a saber também que existe grandes diferenças de mentalidade dentro da pequena Bélgica e que não têm governo desde há mais de 300 dias devido às diferenças culturais que existe entre eles.
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